O momento é muito sério! O Congresso, o STF e o Planalto vivem isolados do Sul do País, vivendo como se estivessem em um palco de espetáculos com qualidade de realeza, luxo e ostentação, enquanto nós imploramos somente pelo mínimo e recebemos apenas aumentos! Aumenta a depredação, o sucateamento, a violência, o descontrole e o surreal…
Se abrirmos uma roda de lamentação sobre a atualidade, o que é impossível de se classificar como conversa, o único resultado é um cansaço verbal, pois a solução que aguardamos não virá. É nessas instâncias que estão às técnicas que mantém o povo iludido.
Canso de ouvir que isso não vai mudar. Pois bem, aos que pensam assim são merecidos os aumentos de combustíveis, energia, dólar… Será que ainda é pouco? Tentarei um exemplo bíblico. Sabem o Pão? Aquele que inclusive é responsável pela localização estratégica nos super mercados? Explico: Estrategicamente o pão fica disponível sempre ao fundo de qualquer estrutura comercial, pois o consumidor diário deste item, ao percorrer o trajeto, poderá ser assediado por outros itens e, Bingo! Ora, estamos falando do nosso “pãozinho”, mas o pão é feito de trigo e o dólar não perdoa…
O sindicato dos panificadores diz que com a crise está tendo dificuldade para manter as vendas e agora? Aumento no “Pãozinho”? Calma, talvez não! Mas quem sabe aumentar o sódio ou outros ingredientes cujo preço não sofre tanta influência do dólar, mantendo-se, assim, o preço do pãozinho, porém, tornando-o de menor qualidade. Isso caracteriza o popular “jeitinho brasileiro” denominação confortante para alguns. Isso também não deixa de ser um exemplo claro de manobra econômica uma vez que o pão é um artigo representativo da capacidade de compra da população e por isso não pode subir o preço, afinal, a população tem que comer… Em contrapartida tua capacidade financeira não aumenta e, além disso, o salário atualmente aqui no Sul apresenta características do “jeitinho brasileiro”- “meio” que pago.
Não vivemos na época da Multiplicação dos Pães e também não podemos aceitar “Pão e circo”!
O momento não é mais o de aceitar o que eles acham que é satisfatório para o Sul do país, pois essa aceitação está tirando nossas vidas, e custará caro para o futuro das nossas gerações.
A “UNIÃO” historicamente vem fraudando seus estados, por isso precisamos progredir, o que significa que precisamos de autonomia real dos estados e principalmente, dos nossos recursos! Lutar por essa evolução é dizer basta para uma “UNIÃO” que mantém administrativamente 26 estados pobres, tendo um distrito federal muito rico. Se procuras mudança, comece pelo teu estado e deixe de ser um “crítico sem ação”. Ou te largues prá Brasiliah, como fez João de Santo Cristo: “Estou indo pra Brasília lugar melhor não ah”.
*O autor é coordenador da Microrregião de Porto Alegre do Movimento O Sul é o Meu País.
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Excelente posicionamento, Brasília é a nossa Roma, não a capital da Itália de hoje, mas aquela que destruiu meio mundo ao mesmo tempo que seus imperadores usufruiam do poder e ofereciam pão e circo aos súditos. Mas como o Império Romano, Brasília também tem o seu apogeu e o seu declínio…essa farra vai acabar!
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