Tal qual o SUL vai urnas no próximo dia 7 de outubro no Plebisul 2017, o povo do Curdistão, vai exercer seu direito inalienável de autodeterminação neste dia 25 de setembro. Estados Unidos, Reino Unido e o Conselho de Segurança já manifestaram serem contrários ao processo de independência do Curdistão iraquiano. Os vizinhos Irã e Turquia pressionam com medidas retaliatórias. O Iraque ameaça uma intervenção militar. Nada, contudo, será capaz de interromper o referendo agendado para o dia 25 de setembro sobre a independência curda no Iraque, de acordo com o líder do Governo Regional do Curdistão, Masoud Barzani. “Nos recusamos a ser subalternos”, disse Barzani em entrevista ao jornal britânico The Guardian. “Foi uma surpresa acompanhar a reação da comunidade internacional. Onde está a democracia agora? Onde estão os estatutos da ONU? Onde está o respeito pela liberdade de expressão? Depois do grande sacrifício dos peshmergas e do fim do mito do Estado Islâmico, pensávamos que esse direito [de conduzir o referendo] seria respeitado”.
“Nós da região Sul do Brasil, assim como a Catalunha, o Quebéc, a Escócia, O Curdistão, os Açores, o Veneto e tantas outras nações sem estado, sabemos onde queremos chegar. Estamos na luta para que o mundo reconheça que o direito de autodeterminação não é mais um simples princípio de direito internacional, mas sim um direito irrenunciável dos povos. É preciso que a comunidade internacional saiba que sempre que o direito de autodeterminação pela via pacífica é negado, está sendo incentivado os conflitos sangrentos que tantas vidas já ceifaram mundo afora. A democracia existe para ser exercida e não para ser ludibriada com estas excrecências constitucionais que pretendem ser pétreas”, disse Celso Deucher, um dos lideres do Movimento O Sul é o Meu País, ao declarar na tarde deste domingo o apoio ao Plebiscito do Curdistão. “Assim como o Colonialismno morreu, o Neocolonialismo interno tem que ser morto e enterrado, se quisermos de fato deixar a democracia fazer o seu trabalho”, finalizou.