Por Joacir Dal Sotto *
O pensamento liberal teve sua origem no século XVII, através dos trabalhos sobre política publicados pelo filósofo inglês John Locke. Já no século XVIII, o liberalismo econômico ganhou força com as ideias defendidas pelo filósofo e economista escocês Adam Smith. Nos dias de hoje, é claro que nós brasileiros, estamos submissos ao poder central do estado. Não somos reféns dos pobres, os pobres é que são reféns das oligarquias que estão distantes de uma participação no desenvolvimento de seus compatriotas desfavorecidos socialmente. Os impostos são absurdos, as estatais e o funcionalismo público, de forma geral são formas de promoção política. Toda a formação é em nome de um estado rico, que muitas vezes impede a entrada de multinacionais em nosso país.
Somos defensores de uma forma de governo liberal. Propomos um conjunto de ideias políticas e econômicas capitalistas que defende a não participação do estado na economia. De acordo com esta doutrina, deve haver total liberdade de comércio (livre mercado), pois este princípio garante o crescimento econômico e o desenvolvimento social de um país. Defendemos de coração a propriedade privada e a liberdade econômica. O Sul é o meu país não apenas pelas riquezas que aqui produzimos, o Sul é o meu país para que possamos ter autonomia política e administrativa. Alguns dizem que podemos fracassar, outros afirmam que é um projeto desnecessário. Na realidade estamos tentando flexibilizar o trabalho de cada cidadão, estamos colocando o nosso território para uma abertura global, uma abertura que preserve a nossa cultura e jamais retire a soberania que já temos construída no que hoje é sonho.
Quando os tributos são reduzidos, é importante salientar que iremos ter o resultado automático da demanda que acompanha a oferta e regulariza o preço de todas as coisas. Os pequenos empresários poderão empregar mais e os grandes irão precisar dos pequenos para aumentarem suas produções. Quanto aos cargos públicos é tão simples esclarecer, teremos sim uma educação de qualidade em que o professor será peça chave para transformar a sociedade que estaremos construindo, teremos sim a manutenção dos que hoje dependem do estado para sustentarem suas famílias. Para que existam empresas de sucesso, precisamos de profissionais preparados. A nossa política será uma relação direta entre educador e educando, as origens de cada educando serão preservadas, sendo que iremos propor algo novo que desenvolva suas potencialidades.
Teremos governantes pelos campos municipalistas instalados e um governo central também terá voz. Porém, a voz de cada governante é a voz dos que pela política estão interessados. Ninguém será obrigado a votar ou participar, todos poderão ver que na autodeterminação de nosso povo, teremos o poder de destituir um primeiro-ministro que não atenda aos nossos anseios. As decisões serão construídas pelo discurso ético, pelo falar e fazer. O peso do estado não será um peso de inflação que derruba ricos, que massacra pobres.
A constituição não será um livro de autoajuda que tenha centenas de páginas. O ser humano é complexo em seus comportamentos, para que possamos atender todos, iremos proporcionar liberdade. Autonomia com liberdade e fraternidade com comprometimento do estado em formatar um sistema igualitário, um sistema que proporcione luz aos que sonham, que proporcione trabalho e estudos aos que querem transformar a própria realidade. Os nossos ídolos serão esquecidos, é que não formamos uma torcida de futebol que vota pelo sim ou não, que grita sem senso de razão. A nossa razão está nas discussões que hoje propomos, na verdade que não nos torna covardes.
O Sul é o meu país está informando para que possamos juntos conquistar a independência. O projeto é ousado e declaramos que é completamente liberal, é um convite para a sabedoria. Temos uma cultura para preservar, uma economia para alavancar, um estado mínimo para implantar. A nossa grandeza será vista nas oportunidades de empregos que iremos criar, no fortalecimento do empregador, na valorização da educação, no cuidado com o meio ambiente, na melhoria das estruturas externas que são utilizadas por todos os cidadãos, na implantação da verdadeira liberdade e autonomia. Somos o que existe de bom, de aberto para a população, a nossa ética está fundamentada no falar que nos acompanha historicamente, e no fazer que agora concretiza o nosso projeto separatista.
* Escritor Joacir Dal Sotto, autor do livro “Curvas da Verdade” e secretário na comissão de Lages (SC) do movimento “O sul é o meu país”.
6 Comments
Se o estado é mínimo, eu espero que não haja educação pública, pois este é e deverá para sempre ser um serviço prestado pelo setor privado.
Eu acho que esta história de estado minimo é balela, é verdade que não pode ser enorme como é atualmente no Brasil, mas acho que ele ter o tamanho certo para poder atuar como deve, fomentando o desenvolvimento da nação. Quanto ao comentário acima a educação deve ser atribuição do governos (minicipio, estado e pais), com participação privada. E quem sabe tambem privatizemos a Polícia, assim só seremos atendidos se estivermos em dia com as mensalidades
Discordo completamente meu caro Thyago porque ai vai privilegiar as pessoas com melhor poder aquisitivo e novamente os pobres serão privados. Na França e em vários paises da Europa, onde tem um dos melhores sistema de ensino do Mundo, a educação pública é melhor que a privada. A Coreia do Sul que foi arrasada pela guerra, só se tornou a potencia que é hoje porque investiu pesado em Ciencia e Tecnologia Se queremos um pais desenvolvido teremos que investir pesado em educação e tecnologia, caso contrário, nos tornaremos um pais agrário.
Faço minhas as tuas palavras, pois elas completam muito bem o meu comentario anterior.
Eu vou tentar falar bem resumidamente os tópicos, por que eu tinha feito um texto enorme e apagou tudo quando a pagina atualizou…
Aqueles que têm condição de pagar por um serviço melhor e mais caro, assim o farão, mas como a irrefutável lei da oferta e da demanda diz, enquanto houver demanda por um produto mais barato e de qualidade inferior, haverá oferta. Os unicos excluídos desse sistema serão os inúteis, vagabundos, imprestaveis, etc. Mas e se alguém estiver desempregado por causa da crisa ou o que for? Em um sistema de livre-mercado laissez-faire desemprego não existe, e ele também é irracional e ilógico, o que faz o mundo ter desempregados é a relação de poucas empresas e muitos trabalhadores, o que faz com que eles aceitem pagamento irrisório e trabalhem em condições de alto risco. O desemprego não existe em um ambiente como esse pois sempre haverá muita demanda por mão-de-obra e mesmo que a oferta seja grande nunca superará sua demanda. Para que haja empresas sempre superando a oferta por trabalhadores, é necessario que haja uma economia livre, pois deste modo o investimento no país não é arriscado, caro ou difícil.
Permitam-me refutar-vos: aqui vai uma resposta melhor e mais completa (leiam até o final)
1- Aqueles que têm condição de consumir um serviço mais caro e melhor, assim o farão, e não temos o direito de impedi-los. Porém isso não exclui os menos afortunados. Enquanto houver a procura por um produto pior e com o preço mais em conta, haverá oferta. Os únicos incapazes de pagar por um sistema de saúde serão os conhecidos como vagabundos. “Mas e se essa pessoa estiver desempregada e não puder pagar?”; simples, não tem pessoas desempregadas. O desemprego é gerado pela relação de poucas empresas e muitos trabalhadores, e pelo alto custo de contratação, que aumenta com a CLT e salário mínimo. Em uma economia de livre-mercado laissez-faire, não há regulamentação e burocratização massiva da economia, logo há muita demanda por mão-de-obra, por parte do setor industrial, para uma massa limitada de pessoas, fazendo com que elas possam exigir melhores salários e condições de trabalho, obviamente de acordo com a experiência e a qualificação. Enquanto o custo de contratação elevado faz com que aqueles que produzem menos do que o custo exigido para empregar esse trabalhador, nunca seja contratado por ninguém. E criticando a parte moral da coisa. Porque eu sou obrigado a pagar pelo sistema de saúde? Não podemos, nós, escolher qual o melhor plano, a melhor empresa, para nós mesmos?
2- Eu morei alguns meses na França, e lá praticamente não existe escola privada, e as melhores são aquelas cujo Estado é apenas o investidor majoritário. A educação é um serviço, um bem “material”. E a defesa que apresento para um sistema de educação completamente privado é a mesma que a do parágrafo acima. (Porque você não pode escolher quando, onde e como o seu filho vai estudar?) E gostaria de adicionar mais algumas coisas. Você realmente acha que o Estado quer monopolizar um serviço como educação, para promover a igualdade de oportunidade? A regulamentação desse setor serve apenas pro governo poder dizer o que seus filhos vão aprender, e como isso vai se dar. Serve apenas para doutrinar as crianças, começando com incitação ao amor à pátria, ensinando como é honroso dar sua vida pelo seu “povo” (em uma guerra inútil criada pelo Estado), como secessão é errado, e indo até o momento triste em que o Brasil se encontra, onde se você emprega você é um capitalista opressor, fascista, e se você é um homem branco e hétero, você é um machista, estuprador e homofóbico.
3- Quer tecnologia? Acaba com o sistema corporativista absurdo que são as patentes e deixa o desenvolvimento de tecnologias na mão do setor privado.
4- O Estado mínimo já foi posto em prática, e funciona bem até certo ponto. Os EUA, onde o Estado tinha o monopólio apenas sobre os serviços de segurança e justiça, logo após sua independência, era uma minarquia. O problema é que, se você deixa na mão do Estado somente essas duas coisas, ele já tem como crescer, através de leis que assim o fazem, e de porrada caso você discorde. E eles te surram de forma indireta. Os Estados Unidos lutaram, não só uma guerra de independência, mas também: 2 (se não 3) guerras contra o México, uma guerra contra o Canadá, 2 guerras mundiais, guerra fria, diversas guerras contra o comunismo (Vietnam, Coréia do Sul, etc), e agora faz décadas que estão em uma guerra ao terror (Irak, Afeganistão, Síria, etc) e às drogas, ambas extremamente ineficientes. Tantas guerras geraram um sentimento de necessidade do Estado para a proteção das pessoas, um sentimento extremamente coletivista e nacionalista e que foi mantido através do controle estatal sobre a educação. E hoje vemos o triste curso da democracia americana, onde concorrem para presidente, uma completa FDP, um socialista que promete unicórnios e um fascista completamente louco.
5- É só isso mesmo
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