Por Joacir Dal Sotto*
Um dia fomos reféns de Portugal, tudo era decidido através de um poder central que estava escondido além do oceano. Os impostos eram absurdos, a corrupção era sufocante. Tudo para benefício de uma elite que já estava fugindo da guerra e queria roubar ainda mais do povo necessitado, do povo trabalhador. Aos poucos surgiram movimentos separatistas e a própria proclamação da república não atingia quem permanecia batalhando ao sul do que chamariam de Brasil.
Passou o tempo do império português e o Brasil não conseguiu fazer em seu território uma federação. Temos uma constituição que é diariamente pisada por cima, que é símbolo de risos nos círculos de amigos de outros países desenvolvidos. O sonho de independência sulista é mais do que parte de uma nova realidade, estamos convictos de que pacificamente iremos conquistar tal direito. Alguns podem defender o Brasil, nós defendemos a liberdade do sul.
Ao custo de sangue brasileiro foi Portugal que deixou de reinar, é que cada centavo que pagávamos de impostos naquela época foi levado para construir igrejas e palácios no outro lado do oceano. Ao custo do empenho pacífico dos sulistas será um poder central do Brasil que deixará de existir, é que cada centavo que os sulistas pagam de impostos é levado para ser distribuído entre muitos políticos corruptos que discursam em Brasília. Não queremos ver um futuro de pobreza para o nosso povo, o que queremos é a riqueza do sul, é a riqueza daquilo que será Brasil além do Paraná. A nossa luta não é para que possamos formar uma falsa federação ao sul, a nossa luta é para que possamos dar autonomia aos diversos municípios que irão destinar uma pequena fatia de seus recursos para o poder central.
Teremos um exército forte pelos campos, pelas serras e pelas áreas litorâneas de nosso país, o que não teremos é uma sensação de que todos estão imunes da lei quando possuem o poder, o que não teremos é um símbolo de paz que comprova que dezenas de milhares estão sendo assassinados. O jovem sulista será guiado pela educação e orientado por professores disciplinados que sejam valorizados pela sociedade, por professores que sejam valorizados pelo estado. Teremos espaço para o novo ser apresentado, da mesma maneira que o velho será exemplo de que a tradição dever ser mantida nos corredores da democracia. A nossa autonomia e soberania será exemplo para o resto do mundo ter como modelo.
O separatismo está em nossas origens, está impregnado na realidade democrática e pacífica que hoje participamos. Quando quiserem retornar ao passado terão exemplos do crescimento gigantesco do número de países nas últimas décadas, quando quiserem chegar no futuro terão que sentir a nossa bandeira ser sacudida pelo bem de nossos filhos. A nossa autodeterminação é um direito internacional, o nosso sonho compartilhado e amplamente divulgado é parte da liberdade que ainda resta em um país banhado pela corrupção que está instalada no poder central. Quanto ao passado deixamos de Portugal, quando ao futuro é o sul que deixa do Brasil.
* Escritor Joacir Dal Sotto, autor do livro “Curvas da Verdade” e secretário na Comissão de Lages (SC) do movimento “O Sul é o Meu País”.
4 Comments
Um texto esclarecedor e que nos motiva para que possamos buscar ainda mais informações sobre o movimento!
Olá compatriotas! é bom saber que que todo separatista é um estrangeiro que nasceu em território brasileiro! O Brasil não é Europa, e a secessão nas Américas não vingaria, vide secessão nos USA! Lembrando ainda que, tentar desmembrar parte do território brasileiro para constituir outro país, é crime de lesa-pátria. Sendo assim é obvio que Brasília iria retaliar com os rebeldes! Quem viver verá!!!
Boa noite Marcos.
Não comparamos a América com a Europa, temos nossas próprias características; mas ficamos atentos aos exemplos que podemos utilizar.
O movimento O SUL É O MEU PAÍS tenta fazer a independência do PR, SC e RS de forma democrática, ou seja, de acordo com a legislação. Lembro que o Artigo 1o. da CFBR não é uma cláusula pétrea, mas sim o Art. 60, que entre itens define a forma do estado: federação.
Lembro também que a autodeterminação dos povos é um princípio de direito internacional que objetiva garantir emancipação política e econômica a um determinado grupo social.
Veja mais informações em nosso artigo: A formação composta do Princípio de autodeterminação dos Povos.
Espero de todo o meu coraçao que essa separaçao aconteça,desde criança ouço falar dessa separaçao e sempre torci por isso.E esse texto me esclareceu mais sobre o movimento o Sul e o meu Pais.
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