PELO FIM DO BRASIL QUE NUNCA DEU CERTO
Por Joacir Dal Sotto *
A situação política do Brasil está em péssimas condições para os povos que aqui permanecem, o Brasil sempre foi um celeiro de colonizadores e pouco foi feito por aqueles que tomaram o poder. É evidente que todos os ambientes políticos nacionais são criados e mantidos por todas as esferas da sociedade, indiferente se os mais pobres participam com forças menores. Algo que ganhou espaço na humanidade nos últimos cem anos foi o crescimento de povos que ganharam emancipação política e administrativa.
Sempre existiram guerras para que os povos ganhassem o direito de gerirem os próprios recursos, apenas nas últimas décadas é que surgiram movimentos independentistas que lutam de forma pacífica, democrática e plebiscitária. Ao Sul dessa América Portuguesa que é o Brasil temos o movimento “O Sul é o Meu País”, no Sudeste existem movimentos separatistas, no Nordeste cresce o sentimento de nação que sempre existiu nos noves estados que compõe esse tão lindo território. Temos riquezas em todas as regiões do Brasil, temos problemas de corrupção em cada canto do mundo, o que não temos é que aceitarmos a centralização de poder que como sabem os estudiosos é o meio mais inteligente de facilitar a corrupção.
Um povo não ganha politicamente quando é desrespeitado culturalmente, quando é enganado ao ler em uma ultrapassada constituição que cláusulas pétreas são “eternas e imutáveis”, quando é enganado pelos “sofistas” corruptos que dizem que “dependendo da geografia de uma região é impossível existir sustentabilidade”. O processo de libertação é sempre lento, o processo de apresentar uma proposta pelo bem dos povos, é frequentemente desestabilizado por aqueles que defendem uma união forte, em detrimento dos cidadãos simples que ficam nos municípios na espera do retorno de recursos. A globalização é uma forma de facilitar todas as trocas, mas quando globalizamos quem prefere gerir os próprios recursos e trocar apenas o que necessita, estamos agredindo o número baixo que já existe das antigas culturas que ainda restam pelo planeta terra.
A corrupção nunca irá acabar, o que podemos fazer é diminuir o seu impacto através de leis rígidas para punir corruptos. Para que leis sejam criadas é preciso propostas que enaltecem o compromisso de um grupo com a sociedade. O movimento “O Sul é o Meu País” está cheio de propostas e na contramão dessa corrente de união que facilita a corrupção buscamos a independência política do Sul do Brasil que nunca deu certo. Queremos unir muito mais do que agora vemos no Brasil, é que a nossa união vem dos contratos sociais, ou seja buscamos ética, esta que morreu no Brasil no nascimento dessa América Portuguesa.
Está feito o convite para todos os povos brasileiros darem um abraço de despedida do Brasil, chega desse neocolonialismo interno, chega dessa ética falida que poderá terminar num Brasil de governo totalitário. Antes que seja tarde que possamos levantar bandeiras novas e cantarmos um novo hino para o bem de nossos filhos. Antes que seja tarde que possamos marchar com o direito de decidirmos o nosso próprio futuro, esse que está instalado no coração de quem exige o respeito internacional ao preservar o que é local.
* Escritor Joacir Dal Sotto, autor do livro “Curvas da Verdade”, mestrando em práticas transculturais e presidente do movimento “O Sul é o Meu País” na comissão de Lages (SC).
2 Comments
Criem uma língua baseada no Italiano e Alemão e botem Curitiba como capital (minha sugestão).
O Canadá deu certo e é um exemplo.
Buscar apoio internacional e da ONU podem ser cogitados. Apesar de nascido em São Paulo, apoio a emancipação da Região Sul. Morei em Santa Catarina e sei que a região tem evolução suficiente para seguir adiante, se desenvolver e além disso ocupar lugar de destaque no mercosul, se for o caso de continuar no bloco.
Defendo também a separação de outros Estados desta falida federação. A saída é “sermos individuais em grupo”.
Separados teremos mais união. NÃO a centralização politica e administrativa.
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